A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) está aproveitando o lodo provenientes de estações de tratamento de esgoto para movimentar turbinas e gerar energia elétrica.
ETE Arrudas, em Belo Horizonte, produtora de matéria-prima, potencial
geradora de eletricidade sustentável. Fonte: Correio Braziliense
O lodo é composto em quase sua totalidade de matéria orgânica, que em decomposição gera gás metano. O gás alimenta os geradores, que tem capacidade para gerar 2,4 megawatts, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 15 mil habitantes.
A estação localizada em Belo Horizonte, MG, poderia ser autosustentável, mas devido a legislação vigente, ela não pode gerar 100% da energia elétrica que consome. Os planos são de instalar outra estação em Ibirite, na Região Metropolitana de BH, onde o lodo será queimado para o mesmo fim, pois o lodo depois de seco vira praticamente um carvão.
Os benefícios são muitos, principalmente, a diminuição do volume do lodo gerado, a queima do gás metano e aproveitamento da massa resultante como adubo orgânico. Outros benefícios devem ser observados, como por exemplo:
- Menor dependência das usinas hidroelétricas, para geração de energia;
- incentivo ao tratamento do esgoto, sendo visto como matéria prima ao invés de resíduo indesejável;
- com o tratamento de efluentes, os rios e corregos terão seus corpos d'água preservados;
- menor impácto ambiental na instalação de uma estação de tratamento, se comparado com a construção de outro modelo de geração de energia elétrica;
- a possibilidade de instalação de pequenas estações de tratamento de esgoto, em pequenas cidades para o sustento local;
- e a recuperação do alto investimento necessário para instalação de uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto).
Fluxo do lodo na estação de tratamento.
Fonte: http://www.guascor-usa.com
Fonte: Jornal Estado de Minas de 1º de setembro de 2012, Caderno de Ciência.