“Blog experimental da disciplina Metodologia Científica, ministrada pela professora Lívia Cristina Guimarães, do curso de Engenharia Elétrica, da Faculdade Pitágoras -Betim/MG - 2º semestre de 2012”.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012


A expansão do mercado de crédito de carbono no Brasil em decorrência de uma nova tecnologia

Foto: Grupo HG


O mercado de créditos de carbono está se desenvolvendo de forma surpreendente no Brasil. Por muitos anos o país vem adotando o sistema de sequestro de carbono através da plantação de florestas para captar o gás prejudicial à camada de ozônio da atmosfera, sempre tendo resultados satisfatórios. Contudo, nos últimos anos devido ao número crescente de granjas suínas está sendo utilizado o sistema de biodigestores para captação do gás metano, proveniente das fezes desses animais. A metodologia que está sendo usada no Brasil foi aprovada pela ONU - Organização das Nações Unidas com conceito A, o que permite a liberação de recursos pelo Banco Mundial, para esses fins. 
Com a adoção da técnica, os restos da suinocultura, muitas vezes descartados diretamente no meio ambiente, passam por um biodigestor, que queima o gás metano evitando que chegue à atmosfera. A energia produzida a partir dessa ação resulta em eletricidade, que pode ser utilizada pelo produtor para conservar alimentos, usar em residências e pequenas indústrias. O biodigestor também contribui para reduzir o número de moscas e o odor característico da criação de suínos. O material que sobra desse processo ainda pode ser utilizado como fertilizante, como foi visto em outras matérias postadas no blog.
Pelo projeto, os produtores podem receber o biodigestor gratuitamente, porém têm a obrigação de mantê-lo funcionando por dez anos. Depois de pago com os créditos de carbono, o aparelho pode gerar R$ 5 por matriz/ano. Um produtor com mil suínos gera 2.500 quilos de dejetos por dia. 
Devido ao alto número de países potencialmente poluidores que não têm formas de captar gases do efeito estufa devido aos recursos limitados, estes, são obrigados a comprarem os créditos de carbono para compensarem o que despejam na atmosfera. O preço da tonelada de carbono varia entre US$ 9 e US$ 12 no mercado internacional. 
O papel do Brasil deve ser de emissor e vendedor de créditos, já que não tem metas de redução, mas pode criar projetos para reduzir a emissão de gases que provocam o efeito estufa e vender os créditos aos países desenvolvidos, para que eles cumpram suas metas.

Eletricidade é gerada a partir de fezes de elefantes na Alemanha

Foto: Frank Leonhardt/EFE



Os elefantes do Zoológico de Munique, na Alemanha, estão cooperando, mesmo que de forma involuntária a manter as luzes acesas. Isso porque o local adotou um método capaz de gerar eletricidade a partir das fezes dos animais. A energia acumulada no esterco de animais vegetarianos, como o elefante, é convertida no combustível conhecido como biogás. 

O zoológico construiu três grandes contêineres, sendo cada um capaz de armazenar cerca de 100 metros cúbicos de fezes animais – o equivalente ao coletado no período de uma semana. O esterco é então misturado com água morna, e suas bactérias são deixadas para decomposição em um ambiente livre de oxigênio por 30 dias. 

Este processo resulta no biogás, que alimenta um motor para gerar eletricidade. As jaulas de alguns animais, como a do gorila, são aquecidas com essa energia, mas ela é capaz de abastecer por volta de 25 casas, afirmou o zoológico.



Fonte: http://revistagalileu.globo.com